Uma rede de comunidades da floresta.
Em 1992, quando uma conferência mundial no Rio de Janeiro reconheceu que o futuro do planeta dependeria do meio ambiente, movimentos sociais ecoaram em todos os continentes que esse futuro ambiental também estava ligado com uma outra justiça social e cultural. Nesse contexto foi criado o Grupo de Trabalho Amazônico, rede que envolve mais de 600 entidades representa-tivas de agricultores, extrativistas, indígenas, quilombolas, quebra-deiras de coco babaçu, pescadores, ribeirinhos, entre outras.
Criada para promover a participação das comunidades da floresta nas políticas de desenvolvimento sustentável. A Rede GTA é formada por 20 regionais em nove estados da Amazônia Legal. Com a ajuda de suas regionais, a rede vem gerando novas políticas e atitudes ao lado de seus parceiros e fóruns socioambientais. Por meio de projetos e mobilizações mostra que os maiores guardiões da biodiversidade estão nas florestas, e que a cooperação desses povos é essencial para encontrar o rumo da sustentabilidade.
Oitenta países possuem florestas tropicais. O Brasil detém 1/3 das florestas tropicais que sobram no mundo. A Bacia Amazônica representa 1/5 da água derramada no oceano por todos os rios do planeta, cobre 3,89 milhões Km² no território brasileiro e representa a maior biodiversidade do Planeta. Ela abriga cerca de 25% espécies vegetais e animais do mundo.
As populações tradicionais da Amazônia são as verdadeiras guardiãs da floresta. A sua presença é fundamental para conter o avanço da fronteira agropecuária e das ações predatórias do homem. Apoiar estas comunidades e projetos locais é a melhor estratégia de futuro para a região. Mais de 6,5 milhões de pessoas vivem em áreas rurais na Amazônia. A maioria das comunidades extrativistas e indígenas carecem de rede pública de saúde, remédios, saneamento básico, educação e de oportunidades de trabalho.