






Os trabalhos desenvolvidos pela Associação das Comunidades Tradicionais do Bailique (ACTB) com o apoio técnico da Oficina Escola de Lutheria da Amazônia (OELA) e do Grupo de Trabalho Amazônico (GTA) e financeiro por meio do Fundo Vale, propiciou, por meio de oficinas de boas práticas do Manejo dos Açaizais a capacitação técnica dos comunitários para a realização do bom manejo florestal.
A ACTB constituiu o grupo de manejadores de açaí composto por aproximadamente 100 produtores, que estão em processo de certificação dos açaizais pelo padrão SLIMF para pequenos produtores do FSC - Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal).
A primeira auditoria aconteceu entre 17 e 19 de novembro pela equipe do Instituto de Manejo e Certificação Florestal (IMAFLORA) e terá segmento com as orientações e padronizações informadas pelo órgão. A auditoria avaliou as adequações do manejo em função do padrão SLIMF para pequenos produtores e indicou os ajustes necessários do qual a Associação terá sessenta dias para adequar e dar continuidade ao processo de certificação.
Esse processo de organização dos produtores de açaí em busca das melhorias na qualidade e quantidade da produção dos açaizais, ao acesso direto ao mercado diferenciado, é parte de uma articulação maior do Protocolo Comunitário (um instrumento de empoderamento local e de gestão territorial e conservação da biodiversidade) como uma estratégia de sustentabilidade a criação e manutenção da Escola Família Agroextrativista do Bailique, através da constituição de um fundo financeiro oriundo do mercado do Açaí FSC.
A busca pela certificação é mais uma meta a ser conquistada ao longo dos meses pelas comunidades tradicionais do Arquipelago do Bailique, segundo Rubens Gomes, é o caminho que as comunidades encontraram para dar continuidade ao legado de conhecimento e infraestrutura deixados pelo Protocolo.
A capacitação dos produtores do Bailique para manejo de açaizais nativos aconteceu com o apoio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa/AP), assim como a elaboração do mapa dos açaizais. As contribuições para o processo de certificação são diversas e compilam para o desenvolvimento das comunidades distantes e muitas vezes isoladas, como as do Arquipélago do Bailique que ficam a 160 km de Macapá.