






Cerca de 50 Lideranças extrativistas dos 27 estados brasileiros estão participando do I Seminário Nacional de ATER extrativista. O evento, que iniciou na noite de ontem (5), segue até quarta-feira, no Israel Pinheiro, em Brasília-DF
O Seminário tem o objetivo de elaborar estratégias conjuntas para o processo de formação de agentes e construir políticas para o novo Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (PRONATER) e está sendo promovida pelo Ministério de Desenvolvimento Agrário –MDA.
Durante a abertura oficial do evento, o ministro Afonso Florence do MDA destacou a importância de que as discussões no evento deliberem políticas nacionais de ATER que atendam a sociobiodiversidade e que reflitam alternativas para acessar o crédito, estimular o mercado e gerir o recurso com vistas na garantia da sustentabilidade ambiental e econômica.
Ao enfatizar a importância do setor, Antônio Carlos Hummel, diretor do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), fala que “nesse momento que a floresta é intensamente discutida vemos alguns gargalos e o principal deles é a falta de assistência técnica. É fundamental pensar em como estruturar a assistência técnica e trabalhar com a geração de recursos da floresta como fonte de renda para os povos que nela habita, mantendo a floresta em pé”.
Cláudia Calório, Diretora de Extrativismo do Ministério do Meio Ambiente, falou da necessidade de se ter uma política estruturante que reconhece a importância da população extrativista para a economia nacional.
A Rede GTA está representada por João Bosco Campos, da regional do Tocantins e Nilfo Wandscheer do Mato Grosso. De acordo com Bosco, o governo tem que investir na capacitação de agentes técnicos, em pesquisa para o uso dos produtos florestais e no intercâmbio do conhecimento tradicional e científico, para que as práticas extrativistas sejam valorizadas.
Para Carlinhos da Comissão Nacional das Populações e Comunidades Tradicionais (CNPCT) a maioria dos produtos que vão para a mesa do brasileiro hoje vem da pesca artesanal e da agricultura familiar. Aproveitando a presença dos ministérios ele ressaltou ainda sua preocupação com o Código Florestal. “Se o Código Florestal for aprovado da forma como está será uma grande ameaça à vida dos pescadores artesanais no Brasil”.
Já Manoel Cunha, presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativistas, agradeceu a oportunidade e ressaltou que esse evento vem atender ao chamado feito durante uma reunião do CNS para construir uma política extrativista.
Os participantes do seminário trabalharão em grupos temáticos e as propostas serão apresentadas na plenária de encerramento do encontro. Essas contribuições serão também incorporadas no texto na I Conferência Nacional de ATER.
Fonte: Assessoria de Comunicação – Rede GTA
Parabéns pelo site e pela atualização em tempo real das notícias que tanto interessam às populações tradicionais. Gostaria de fazer uma pequena ressalva neste texto:
Este evento representa o desdobramento de uma forte articulação das instituições que atuam na região, mais especificamente um encaminhamento do evento “O Chamado da Floresta”, realizado no Pará nos dias 22 e 23 de julho de 2011, tendo em vista a construção de uma política extrativista sustentável e socialmente justa.